Japonês criou carro eléctrico que flutua em caso de tsunami

Toda a gente sabe que electricidade e água são coisas que nunca se devem juntar, mas Hideo Tsurumaki não pensa desta forma. Este japonês, que passou pela Toyota, fundou a FOMM Corp. e criou um pequeno automóvel eléctrico que é capaz de flutuar.

O objectivo de Tsurumaki era simples: criar um automóvel que fosse capaz de responder às questões da mobilidade no Japão, sobretudo em situações de emergência como a do tsunami que atingiu o referido país em 2011.

A ideia surgiu precisamente nessa altura, sendo que o CEO da FOMM Corp. contou à "Bloomberg" que ao ver os carros a afundarem se lembrou da sua mãe, que vive perto do mar e tem mobilidade reduzida. Nessa altura a única coisa que passava pela cabeça era construir um automóvel que pudesse resistir à água e flutuar.

Dois anos depois este antigo funcionário da Toyota começou a construir um pequeno automóvel eléctrico que não só conseguia flutuar como era capaz de andar na água a baixas velocidades. Desde então já foi capaz de atrair investidores, de criar um protótipo perfeitamente funcional e já definiu o plano para os próximos dois anos: construir 10 mil exemplares até finais de 2019 numa empresa que aluga perto de Banguecoque, na Tailândia, e começar as vendas ao público em 2020.

Com capacidade para quatro pessoas, este pequeno citadino anuncia uma velocidade máxima de 80 km/h e uma autonomia máxima de 160 quilómetros. São números que pouco ou nada impressionam, sobretudo se tivermos em conta o "salto" dado nos últimos anos no que à capacidade das baterias diz respeito. Mas a verdade é que este pequeno anfíbio faz o que promete: transportar pessoas em caso de emergência.

O objectivo de Hideo Tsurumaki não é, nem nunca foi, fazer deste citadino um carro principal. A ideia passa por "ter um à porta de casa" caso seja necessário, como o próprio adiantou à "Bloomberg". "A maioria dos clientes só vai usar as capacidades de flutuação em caso de emergência, provavelmente uma vez na vida", acrescentou.

Hideo lembrou ainda que a locomoção na água tem limitações, mas chega para evacuar pessoas em caso de emergência. Uma solução interessante para países onde inundações são "fenómenos" recorrentes…

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